O que é o zumbido somatossensorial e como a fisioterapia pode ajudar a tratar esse sintoma invisível.
Introdução:
O zumbido no ouvido é um sintoma mais comum do que parece — e, ao mesmo tempo, um dos mais difíceis de explicar. Quem sofre com ele descreve sons como apitos, chiados ou pulsações que simplesmente não param. E o mais frustrante: muitas vezes, todos os exames estão normais.
O que muita gente não sabe é que parte desses casos de zumbido têm origem somatossensorial. Ou seja, o som que você ouve pode estar sendo influenciado por tensões musculares, alterações posturais, disfunções na articulação temporomandibular (ATM) ou na coluna cervical.
Essas estruturas — mandíbula, pescoço, ombros — têm conexões neurológicas com o sistema auditivo. Quando há sobrecarga, má postura, bruxismo ou tensão crônica, os nervos que participam da audição podem ser “irritados”, gerando o zumbido como um sintoma secundário.
É aí que a fisioterapia entra. Por meio de uma avaliação detalhada da função cervical, da ATM e dos hábitos do paciente, é possível identificar e tratar essas disfunções. Técnicas como terapia manual, mobilizações articulares, liberação miofascial e exercícios personalizados ajudam a reduzir a irritação neuromuscular e, com isso, o som diminui — ou até desaparece.
Não se trata de “abafar o sintoma”, mas de tratar a causa funcional que está por trás. E sim, muitos pacientes relatam melhora significativa e até remissão total do zumbido quando a origem somática é corretamente identificada.
Conclusão:
Se você sente zumbido, já passou por otorrinos e exames sem respostas claras, vale investigar se há uma causa física, funcional e tratável por trás disso. A escuta clínica atenta e uma avaliação completa podem ser o primeiro passo para o alívio.